Samuel Kané Kwei
Gana
Born 1954, Teshie, Ghana , where he lives and works.Samuel Kane Kwei upholds his father’s tradition of decorating coffins in a manner which reflect upon the life of the deceased. Kane Kwei (1922-1992) was trained as a cabinet maker, and in 1951 he opened his own workshop in Teshie, a fishing village on the outskirts of Accra. He built his first decorated coffin—in the shape of a dugout—for one of his uncles, a fisherman who had owned flotilla of them. He dedicated himself from then on to this new funerary art and worked, secluded, almost exclusively for the elders of his clan. The art dealer Vivian Burns introduced his work to American audiences in 1974; over the last thirty years his sculptures and those of his workshop have made an original contribution to the tradition of funerary cults in Western Africa—they have also been collected and exhibited internationally. Samuel was trained in his father’s workshop, along with other apprentices, and he has made coffins that closely follow his father’s prototypes. For example, Kane Kwei had first carved an onion-shaped coffin for one of the village elders who had made a fortune in growing onions, a staple of the local diet, and Samuel has continued to produce coffins in this form. Another popular form that has been carried down from father to son is that of a white Mercedes Benz, originally conceived as a coffin for an owner of a fleet of taxis, but also used for other wealthy customers. However, Samuel Kane Kwei has also explored other possibilities, creating sculptures that reflect upon more up-to-date aspects of popular culture and daily life. He has also worked freely for more Western clients, creating sculptures that are not intended for funerary use.
***
Nasceu em 1954 em Teshie, Gana, onde vive e trabalha.
Samuel Kane Kwei mantém a tradição paterna de decorar caixões de modo a refletir a vida do falecido. Kane Kwei (1922-1992) aprendeu marcenaria e abriu uma oficina própria em 1951 em Teshie, vila de pescadores nos arredores de Accra. Construiu seu primeiro caixão decorado – na forma de uma canoa – para um de seus tios, um pescador que tinha sido proprietário de várias canoas. Dedicou-se a partir de então a essa nova arte funerária e trabalhou, isolado, quase que exclusivamente para os anciãos de seu clã. A marchande VivianBurns apresentou o trabalho dele ao público americano em 1974; ao longo dos últimos 30 anos, suas esculturas e aquelas de sua oficina deram uma contribuição original à tradição dos cultos funerários da África ocidental – e também tornaram-se peças de coleções, sendoexpostas em todo o mundo.
Samuel foi aprendiz na oficina de seu pai, juntamente com outros colegas, e faz caixões que seguem de perto os protótipos do pai. Por exemplo, Kane Kwei certa vez esculpiu um caixão no formato de uma cebola para um dos anciãos da aldeia, que tinha feito fortuna cultivando cebolas, uma das bases da dieta local, e Samuel continuou a produzir caixões nesse formato. Outra forma popular transmitida de pai para filho é a de uma Mercedes-Benz branca, originalmente concebida como caixão para um proprietário de uma frota de táxis, mas também utilizada para outros clientes ricos. No entanto, Samuel Kane Kwei também explorou outras possibilidades, criando esculturas que refletem aspectos mais atuais da cultura popular e da vida cotidiana. Ele também trabalhou livremente para outros clientes ocidentais, criando esculturas não destinadas ao uso funerário.
Onion coffin, 1993, enamel paint on wood, 88 x 270 x 33 cm
